Seu novo álbum, ‘Ghosts’, traz à tona suas composições e sua voz magnífica, com convidados especiais como Patrick Watson, Ólafur Arnalds e Duncan Bellamy (Portico Quartet).

Hania Rani é uma aclamada pianista, compositora e cantora originária de Gdansk, na Polônia. Sua jornada musical decolou com o lançamento de seu primeiro álbum solo, Esja, em 2019, uma coleção de composições hipnotizantes para piano solo que lhe rendeu quatro prestigiosos prêmios Fryderyk, incluindo “Melhor Álbum de Estreia” e “Melhor Álbum Alternativo”. Em 2020, ela expandiu seus horizontes artísticos com seu segundo lançamento solo, Home, com vocais e eletrônica sutil, solidificando ainda mais sua reputação como musicista multifacetada. Em seu novo álbum, Ghosts, ela apresenta um novo universo sonoro que mostra sua capacidade de combinar perfeitamente vários estilos musicais, todos caracterizados por sua habilidade de mergulhar tudo o que toca em uma beleza etérea.

Em Ghosts, uma variedade de teclados - piano acústico, Fender Rhodes elétrico, sintetizadores - formam o núcleo do mundo sonoro da compositora, pianista e cantora Hania Rani. É um ambiente inflexionado com melancolia delicada e, ocasionalmente, elevação. Um terço das faixas são instrumentais, mas, em vez de simplesmente funcionarem como interlúdios musicais, as peças sem voz são parte integrante do fluxo do álbum.

O instrumental hipnótico e ligeiramente sinistro “Oltre Terra” abre o disco com pulsos, pings e drones cuidadosamente elaborados. A peça prepara muito bem a chegada da incrivelmente cativante “Hello”, em que Rani, sombreada por vocais de apoio e teclado jazzístico, dá voz a uma melodia irresistível que acompanha o baixo eletrônico emborrachado e a bateria escovada. “Don’t Break My Heart” remete ao gospel e ao R&B. O convidado especial Duncan Bellamy, da banda de rock britânica Portico Quartet, oferece percussão e loops sutis e discretos que se encaixam na voz ansiosa de Rani. Em “Dancing with Ghosts”, Rani tem a companhia de Patrick Watson nos vocais e no piano; acompanhados por uma panóplia de sons eletrônicos, onde suas vozes hipnotizam.

Hania Rani — Hello: live session in the mountains

Gondwana Records

A próxima faixa, a suavemente propulsiva “A Day in Never”, emprega uma percussão manual e piano ondulante para apoiar o canto ritmicamente insistente de Rani. O multi-instrumentista islandês Ólafur Arnalds aparece em “Whispering House”, em que a respiração tensa e os tons de teclado suaves e adoráveis preenchem o ar. O efeito é assustador: a assombração de uma música que quase não existe. Por outro lado, “Thin Line” vibra com energia psicodélica. As cordas arranjadas por Viktor Orri Árnason abrem caminho sobre ritmos percolantes enquanto os vocais de Rani brincam com um punhado de notas e palavras. A faixa hipnótica tem uma qualidade suave, com um contexto sonhador.


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