Liberdade

Sara Correia

Lançado em 13/10/23 por Universal Music Portugal SA
Artistas principais: Sara Correia
Género: Fado
Destaques: Álbum da Semana

Disponível em

16-Bit/44.1 kHz Estéreo

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Dois discos, uma volta ao mundo, um Prémio Play e uma indicação ao Grammy Latino depois, Sara Correia retorna com o disco Liberdade, um registro orgânico e de sonoridade livre, que sempre rodeia o fado como fio condutor. Sara volta, desta vez com um status de fenômeno, a trabalhar com seu parceiro de longa data, Diogo Clemente, e o desejo da dupla foi produzir um material que fosse desenhado integralmente com uma linguagem melódica fadista e muito bem fincado em Portugal. Para isso, recorrem a grandes nomes da cena local portuguesa, como Ângelo Freire (guitarra portuguesa), Frederico Gato (baixo) e Tiago Bettencourt (violão).

Liberdade abre com "Madrugou", composição de Mila Dores que aqui assume uma roupagem mais densa e suspensa, com apenas a voz e a guitarra portuguesa na maior parte do tempo. No final da canção, uma percussão cinematográfica dá o tom do que será o disco: o fado tradicional mesclado com elementos mais contemporâneos de produção musical. "Marcha da Perdição", canção de Joana Espadinha, segue o toque dessa mistura. Com baixo e guitarra elétrica, além de uma levada pop quase eletrônica, a faixa possui uma sonoridade bastante única, que bebe da fonte de Amália Rodrigues e Carlos do Carmo, mas que tem Rosalía no seu horizonte. Outras faixas como "Era o Adeus e Marias Na Terra" também seguem essa atmosfera sincrética.

Claro que o fado mais tradicional também está muito bem representado por aqui. A faixa que dá nome ao disco, por exemplo, tem como base o "Fado Cravo", de Alfredo Marceneiro, enquanto "No Fim Mentir Por Nós É Amar" é a junção dos "Fados Proença" e "Tamanquinhas". Os clássicos "Tu Não Me Digas", de Santos Moreira, e "Balada do Outono", de José Afonso, também encontram seu lugar em meio ao disco. Mesmo algumas das canções escritas por nomes mais contemporâneos, como "Que Da Voz Te Nasçam Pombas", de Pedro Abrunhosa, e "Ser Rebelde", de Tiago Bettencourt, são um retorno à sonoridade clássica do fado português.

Em seu terceiro disco, vemos uma Sara Correia mais madura e segura de si como artista. A jovem de Marvila parece cada vez mais confortável no posto de grande fadista e consegue manter um olhar no futuro sem perder suas raízes. A escolha por composições mais modernas, que bebem da fonte das referências clássicas, mostra que a artista está aberta a se reinventar e injetar um novo gás a um gênero tão antigo. Liberdade certamente vem para se firmar no cânone do novo fado, e vem para agradar toda uma nova geração e engajar o público mais tradicional. © João Gabriel Fonseca - Bananas/Qobuz

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Madrugou

Sara Correia

00:03:26

Ângelo Freire, Guitar, AssociatedPerformer - dIOGO cLEMENTE, Producer, Recording Engineer, Mix Engineer, StudioPersonnel - Nelson Canoa, Mastering Engineer, StudioPersonnel - Ivo Costa, Mix Engineer, StudioPersonnel - Mila Dores, ComposerLyricist - Canoa Estúdios, Studio - Sara Correia, Vocals, MainArtist, AssociatedPerformer