O que torna um disco conceitual? Signos, estética e narrativas são alguns dos panos de fundo que podem guiar o conceito de um álbum.

Os anos 2020 mal começaram e já conseguimos ver uma clara tendência na música: os discos conceituais. Na contramão das previsões mais pessimistas que decretavam que os serviços de streaming seriam o fim do álbum como conhecemos, artistas como Taylor Swift, Kanye West e Kendrick Lamar têm demonstrado que a música pop pode ir muito além das canções chiclete de 2 minutos e meio de duração. Na verdade, esses nomes têm apostado em lançamentos com todo um universo que vai muito além das músicas, buscando contextualizar e inserir o ouvinte em uma experiência imersiva. Aqui no Brasil não é diferente, artistas como Emicida, Don L, Rubel e Iara Rennó entraram nessa onda.

Mas, afinal, o que caracteriza um álbum como conceitual? Todo disco tem algum tipo de conceito, seja na escolha da capa, na estética da sonoridade ou até mesmo na ordem das músicas, porém definimos aqui nesse panorama álbuns conceituais como aqueles que possuem uma linha temática bem definida, intencional e específica que estrutura toda a obra, fazendo suas faixas terem mais coesão quando estão enfileiradas uma atrás da outra.

E o que motiva um artista a criar um álbum conceitual em 2023? Em tempos de hiper exposição à informação e de fácil acesso a todo e qualquer conteúdo, a narratividade se torna cada vez mais importante para prender o ouvinte em um disco. Isso porque é natural do ser humano se interessar por histórias e personagens e o acesso às redes sociais e as tecnologias podem ajudar os artistas a estabelecer universos maiores e mais complexos, envolvendo seus fãs em uma arte multidisciplinar.

Dentro dessa temática, fizemos um exercício de separar os discos conceituais em 4 critérios que mais aparecem por aí: