Frank Sinatra, Dean Martin, Bing Crosby e Sammy Davis Jr. partiram há muito tempo, mas Tony Bennett continuou sendo o último dos grandes cantores. Cantor encantador, como se dizia no século passado, sua singularidade residia em sua especial história de amor pelo jazz. Uma história de amor que termina com o falecimento do nova-iorquino aos 96 anos em julho de 2023.

Tony Bennett já não sabia mais onde colocar todos os elogios que recebeu. Duke Ellington, Bill Evans, Louis Armstrong, Diana Krall, Barbra Streisand e até Lady Gaga, todos o elogiaram à sua maneira. Mas as palavras do chefe Frank Sinatra tinham ainda mais peso: “Tony Bennett é o melhor cantor do ramo! Ele me empolga. Ele me emociona. Ele é o cantor que entende o que o compositor tem em mente, e provavelmente um pouco mais”. Com o passar dos anos, as pessoas finalmente perceberam que Tony, que faleceu em 21 de julho de 2023, não era um clone de Frankie. Anthony Dominick Benedetto havia criado seu próprio universo.

Com um amplo alcance vocal e um profundo vício em jazz, ele abordava as músicas populares de sua época, bem como as do Great American Songbook, com uma delicadeza singular. E quando uma nova tendência musical tentava deixá-lo de lado, Tony Bennett se recuperava, conquistando um público totalmente novo. Um exemplo disse foi a apresentação de 1991, no MTV Music Awards, ao lado do Red Hot Chili Peppers. Três anos depois, ele chegou a gravar um MTV Unplugged com Elvis Costello e K.D. Lang e, em 2016, ousou lançar um álbum inteiro em colaboração com Lady Gaga, Cheek to Cheek.