Os astros estavam alinhados no céu da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, naquele 28 de setembro no ano de 1942. Nascia Sebastião Rodrigues Maia, filho de Altivo Maia e Maria Imaculada Nogueira. O garoto tinha sol em libra e ascendente em touro, ou seja, regido por Vênus, tinha gosto pelo prazer - amante da beleza, das artes e das coisas boas que a vida pode dar.

Dentro dessa configuração astral, não é nenhuma surpresa que Tim tenha demonstrado vocação para o canto desde cedo, escrevendo suas primeiras músicas aos sete anos e logo aprendendo violão e bateria. O que o coral da igreja que sua família fazia parte não esperava é que, em alguns anos, o talentoso jovem se tornaria o furacão Tim Maia, um dos mais importantes e irreverentes nomes da música brasileira.

Com 29 discos de estúdio lançados e quase trinta anos de carreira, o cantor fez soul, funk, gospel, rock, baião e até bossa nova, numa prolífica trajetória que poderia ter sido ainda mais longa se não fosse por sua vida desregrada. O carioca nos deixou ainda jovem, aos 55 anos, vítima de uma infecção generalizada.

O próprio Tim costumava dizer que o segredo de seu sucesso era o equilíbrio: metade de suas músicas eram mela-cueca e a outra metade esquenta-sovaco. Além das baladas românticas e dos funks vibrantes aos quais ele empregou seu vozeirão, ele ainda encontrou espaço para outras duas faces: o religioso, especialmente marcado pela sua fase racional, e o Tim Maia bossa-novista.

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