All Quiet On The Eastern Esplanade

The Libertines

explícito

Lançado em 05/04/2024 por Emi
Artistas principais: The Libertines
Género: Alternativo & Indie
Destaques: Álbum da Semana

Disponível em

24-Bit/96 kHz Estéreo

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Após nove anos de ausência e um terceiro disco bastante dispensável, o explosivo quarteto de Carl Barât e Peter Doherty voltou ao estúdio. Composto na Jamaica, com a palavra de ordem absoluta sobre sobriedade e zero drogas, o bem intitulado All Quiet on the Eastern Esplanade não decepciona. O exercício escolhido é arriscado, mas bem-sucedido: satisfazer os fãs de ontem, encantar os de hoje, sem se tornar antiquado. Os ex-londrinos, agora na faixa dos quarenta anos, retomam em parte o punk frenético de Up the Bracket (2002) e The Libertines (2004), sem cair na caricatura. Sobretudo, sem se desviar de sua obsessiva busca pela melodia perfeita, Barât e Doherty adicionam à sua tradicional paleta de artistas atormentados uma série de outras nuances.

Abrindo esse baile de 11 faixas, o banger garage "Run Run Run" retoma o fio de vinte anos atrás, com uma seção rítmica dominante, um refrão ultra-simples e algumas linhas sobre o bairro que eles tornaram famoso, o Camden - mesmo que eles não tenham colocado os pés lá por um bom tempo. A mesma fórmula se repete na descontraída "Mustangs" com seus coros e sua cowbell, "Be Young", que muito lembra Clash com suas ressonâncias reggae, ou "I Have a Friend", em constante progressão que lembra que os Libertines sempre têm um riff cortante na manga. Mas as faixas mais poéticas são aquelas que se entregam à sobriedade e à escuridão do íntimo.

Na metade do caminho, o orquestral "Merry Old England" mergulha nas delícias do pop dos anos 70, cuja introdução com glockenspiel e teclado não deixa de lembrar "Follow the Leader" do Foxygen, com menos violinos e saxofones. Segue então a balada gótica (à moda de Nick Cave) "Night of the Hunter", cuja melodia evoca o famoso tema de Tchaikovsky que abre o segundo ato de "O Lago dos Cisnes", e a amarga "Byron’s Claw", na qual Doherty parece cantar em um antigo bar enfumaçado dos anos 50, onde alguns frequentadores observam os metais vibrarem sobre seus copos. O pano cai, após a luminosa "Songs They Never Play on the Radio", com as risadas de Gary Powell e John Hassall no estúdio. No fim das contas, este quarto disco exala a profunda amizade de um grupo que acerta porque está na mesma sintonia. © Charlotte Saintoin/Qobuz

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Run Run Run